Com a economia brasileira demonstrando sinais de reação, os cortes nas taxas de juros têm gerado otimismo entre os investidores. Somente no primeiro semestre de 2019, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a formação bruta de capital fixo subiu 3,1% na comparação com o mesmo período de 2018. Além disso, segundo dados do Ministério da Economia, quase 250 empresas manifestaram intenção de investir mais de US$ 60 bilhões no país nos próximos anos – o maior valor em 72 meses.
Isso acontece à sombra da reforma da previdência, que foi aprovada recentemente no Senado, e diante da expectativa por outras reformas, como a tributária e a administrativa. A Selic (taxa básica de juros do Brasil), por exemplo, caiu mais 0,5%, chegando ao menor patamar da história: 5,5 pontos percentuais. No exterior, a guerra comercial entre Estados Unidos e China também pesa mais a favor do que contra. Por causa da queda de braço entre as duas potências, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) cortou novamente o índice de juros do país, o que gera consequências em escala global, inclusive na economia brasileira.
A Selic e os bancos
A Selic impacta diretamente as taxas de financiamento cobradas pelos bancos. Por isso, quase todas as instituições financeiras reduziram, em média, 0,33% a taxa mínima para linhas de financiamento do mercado imobiliário. A Caixa Econômica Federal definiu uma taxa efetiva mínima para imóveis de 7,5% ao ano, mais a TR (taxa referencial).
Tudo isso — redução da Selic, inflação em baixa — além da estabilidade de preços dos imóveis, criam um cenário positivo para quem quer comprar o primeiro imóvel ou, principalmente, investir nesse segmento. Com a economia mais recuperada, os empreendimentos adquiridos agora devem valorizar a partir de 2020 ou 2021 e, com isso, o retorno do capital investido ocorrerá com alguma margem de lucro.
No entanto, para tirar o melhor do momento, o investidor precisa tomar algumas precauções em relação ao imóvel, como escolher um empreendimento que tenha uma ótima localização — que facilita na hora de alugar — e que seja de uma incorporadora ou construtora com boa reputação no mercado. Imóveis com soluções práticas para a vida dos moradores também estão entre os preferidos dos consumidores.
Fonte: Infomoney