Nas últimas semanas, o mercado financeiro voltou suas atenções para o lançamento do Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Com ele, haverá a possibilidade de pessoas físicas transferirem dinheiro a qualquer momento, em tempo real, sete dias por semana, 24 horas por dia, e gratuitamente. Além disso, essa transferência também poderá ser usada como forma de pagamento em lojas e estabelecimentos. Mas se para as pessoas físicas o novo sistema pode representar mais facilidade, para empresas como os bancos e credenciadoras (donas das maquininhas de cartão), ele pode ser um desafio. E em meio a um cenário desafiador, como as ações dessas companhias podem se comportar?
Um relatório divulgado pela XP Investimentos mostrou que a receita dos bancos com conta corrente (ou seja, quanto os clientes pagam de taxas para ter uma conta naquela instituição) foi 17% do total das receitas de serviços em 2019. Com o Pix, no entanto, o analista Marcel Campos acredita que esse número deve cair.
Segundo o analista, as pessoas aceitam pagar essas tarifas devido as facilidades que os bancos oferecem, como um determinado número de transferências via TED ou DOC gratuito mensalmente. Com o Pix, no entanto, essas funcionalidades deixam de ser úteis. Assim, os bancos podem ser forçados a baixar as tarifas cobradas para manter aqueles clientes.
Fonte: Infomoney