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Quando começar a falar de finanças com os filhos e como investir em nome deles

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Planejar o futuro financeiro de um filho é fundamental, mas, tão importante quanto a constituição de um patrimônio, é a educação financeira, que deve começar dentro de casa.

Seja com a criação de uma rotina de semanada ou mesada, ou participando as crianças em discussões do orçamento familiar, tratar do tema é essencial para a formação e para um melhor conhecimento do universo econômico.

Mas qual a melhor maneira de abordar o assunto, de forma que a criança tenha uma boa compreensão e que a discussão esteja de acordo com sua idade? E quando começar? 

De acordo com Cássia D’Aquino, educadora com especialização em crianças e autora de livros sobre educação financeira, pais podem iniciar a educação financeira dos filhos a partir dos dois anos e meio de idade.

Nessa fase, conta, as crianças falam pouco, mas já sabem da existência do dinheiro e começam a pedir aos pais para que comprem coisas – o que mostra que estão prontas para serem introduzidas ao assunto. 

O primeiro ponto que desperta a atenção dos pequenos quando falamos em dinheiro são as moedas, diz a educadora. “Nesse momento, é importante ensinar os cuidados com elas, como guardá-las para não perder, mostrar as cédulas e, com uma lupa, apontar os segredos de segurança. Essas coisas são fascinantes para uma criança”, diz. 

À medida que as crianças crescem, as conversas podem ganhar mais complexidade, e elas podem assumir mais responsabilidade com o dinheiro. 

“Os seis anos de idade são uma fase muito interessante, porque as crianças têm interesse em organizar as coisas, ficam mais curiosas, começam a ler, e é um bom momento para os pais começarem a dar uma ‘semanada’”, afirma Cássia.

O objetivo é que as crianças comecem a se habituar a desenvolver um orçamento para que sejam capazes de construir pequenas poupanças e identificar objetivos, a princípio de curtíssimo prazo. “Quanto menor a criança, menor deve ser o objetivo no tempo. Não adianta começar a poupar para daqui a seis meses ou um ano; é muito tempo”, diz. 

Junto com o dinheiro, os pais podem dar um caderno aos filhos para que anotem os gastos, de forma que possam ter um planejamento de maneira mais palpável. A partir dos 11 anos, uma mesada já pode ser introduzida, pensando em prazos mais longos, de no mínimo 30 dias. 

Outra forma de ensinar os filhos a lidar com o dinheiro, segundo Cássia, passa por sua inclusão em conversas que tratem da organização do dinheiro da família, como montar a lista de supermercado. “Isso é uma aula extraordinária de domínio sobre o consumo e, por si só, já mostra a importância de se ter uma poupança e como se organizar para planos futuros. 

 

 

Fonte: Infomoney